Bem, que dizer? Talvez começar por sentir as teclas que se tornam em palavras na tela. Georgia, o tipo de letra. Minha tão grande falta. Podia dizer falta de tempo, não foi o caso. Podia dizer falta de coisas belas, mentiria com quantos dentes tenho na boca. Prefiro, assim como quem toma uma decisão consciente, escrever estou de volta e estar de volta depois de escrever estas linhas e falar-vos da alegria de uma primavera em tempos que o frio nos atormenta as pontas dos pés, uma primavera onde nos cantam

The world is not enough
Frustration, mutation, accusation, and provocation
Or just a lack of education
What we need, sustain
Exhale and breathe again
Stop and watch, don’t complain
Hope remains, we still have love (we are back to life)
We are all insane

e onde sabemos que sim. Todos somos, inconscientes, inconsequentes, insanos. Assassinos de corações e ideias. Principalmente aquelas que mais queremos moldar à nossa imagem. Aquelas que queremos que sejam nossas à força da vontade, e como tudo o que é moldado é violado, sujo, mentiroso. A ideia

eu hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti

fi-la minha, nessa Primavera fantástica dos The Gift que me leva para o canto de uma rua que acaba numa parede escura. Onde me diminuo, e choro quase sem fazer barulho. De onde me levanto, por uma tulipa, ou duas, nas minhas mãos e que ofereço ao espelho enquanto lhe canto

Would we play different roles just to live two lives?


Todas as referências a partir de Primavera por The Gift
Música Variações de Primavera II por The Gift
Imagem de autor desconhecido.



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