O nome é amores imaginários. Mas também podiam ser reais. Francês, como só os franceses sabem ser. Um filme sobre as relações humanas, sobre a fragilidade das relações. Amor e amizade, ou os dois num só, nunca se chega a perceber. Um triângulo, um anjo no meio, um anjo a parecer um demónio que apetece exorcizar ao som de Bang Bang de Dalida, excelente banda sonora por sinal.
Feito de uma história principal e quatro histórias secundárias que aparecem desconexas da trama que dá origem ao filme, mas que surgem com a preocupação de demonstrar como o amor não é simples e que amar pode ser quase uma doença e a maior alegria na vida, numa inocência quase infantil. Não é minha intenção, aqui, realizar sinopses, nem tentar relatar o gozo que tive ao assistir ao filme, não seria capaz de o realizar, também. Quero salientar a beleza da fotografia, a beleza da forma de retratar a capacidade humana de sentir, pelo bom e pelo menos bom. Na obra assiste-se à fragilidade da amizade em virtude da capacidade quase divina de amar que cega, e onde os meios chegam a justificar os fins e a colocar em causa o que se dava por adquirido desde sempre. Psicologicamente, as personagens do filme não são muito diferentes de nós,

sentem medos,


têm esperanças,


sentem ciúmes,



são egoístas



A beleza do filme é esta, e é outra tão grande como esta, e outra e, atrevo-me até a dizer, ainda outra igual a essas todas. A beleza do filme é concluir que os erros existem, que mesmo no cinema há quem erre, que aprenda, que dê valor ao erro cometido e que, ainda assim, volte a errar outra vez, da mesma maneira, como tanta vez fazemos e não admitimos.




Todas as imagens a partir do filme Les Amour Imaginaires
Música Bang Bang, por Dalida, a partir do original de Nancy Sinatra



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